O que é Patologia Cirúrgica?
A Patologia Cirúrgica é a área da Anatomia Patológica que envolve os exames macro e microscópico e molecular de órgãos e tecidos obtidos através de procedimentos cirúrgicos ou biópsias obtidas por procedimento invasivo (endoscopia ou radiologia intervencional).
O exame anatomopatológico constitui uma consulta entre especialistas médicos; após a análise do espécime, o Patologista redige um laudo que é encaminhado ao colega requisitante.
Cuidados na coleta e fixação
O que é Citopatologia?
A Citopatologia, também por vezes chamada Citologia, é a área da Anatomia Patológica que estuda e diagnostica doenças com base nas características celulares da amostra coletada. A amostra pode ser obtida por exfoliação ou por punção aspirativa e ser processada pela metodologia convencional ou transferida para um fixador líquido (citologia de base líquida).
O que é Citopatologia Convencional ou Papanicolaou?
A citologia exfoliativa se vale da propriedade que os tecido têm de exfoliar ou descamar células, que podem ser coletadas, coradas e examinadas quanto a suas características morfológicas.
O exemplo mais conhecido deste tipo de exame é o exame de Papanicolaou ou preventivo do câncer de colo uterino. Este exame é colhido pelo ginecologista e enviado ao laboratório de anatomia patológica para que o patologista possa analisar as células e, se for o caso, fazer o diagnóstico precoce do câncer ginecológico ou de seus fatores de risco, como o HPV, possibilitando assim, o tratamento mais adequado das pacientes acometidas por esta doença.
A Citopatologia cervicovaginal (teste de Papanicolaou) é considerada a mais confiável arma para a prevenção do câncer de colo uterino, observando-se o impacto do método quando aplicado nas campanhas de saúde pública. No Brasil, as elevadas taxas de incidência e mortalidade por câncer uterino justificam a divulgação dos programas governamentais que levam o exame para as populações de condições socioeconômicas inferiores.
Amostras citológicas obtidas a partir dos seguintes materiais: colo uterino, conjuntiva, uretra, urina, esperma, secreção prostática, descarga mamilar, mucosa oral, escarro, líquidos ascítico, pleural, pericárdico, lavado brônquico e bronco-alveolar, pele, linfa, “imprint”, líquor, dentre outros.
Incluem-se ainda o material proveniente de punções aspirativas por agulha fina (PAAF) de vários órgãos, sendo este um método pouco invasivo e de diagnóstico rápido. Seu estudo baseia-se na interpretação citomorfológica do material obtido por punção de nódulos, massas, órgãos e estruturas superficiais ou profundas identificadas pela palpação ou por métodos estereotáxicos ultra-sonográficos e radiológicos ou endoscópicos. As topografias mais freqüentes se referem à mama, tireóide, linfonodos, glândulas salivares, cistos cervicais, massas superficiais, cavidades torácica e abdominal.
Cuidados na coleta e fixação
O que é Citopatologia de Base Líquida?
Apesar da grande contribuição do exame de Papanicolaou para o diagnóstico precoce do câncer de colo de útero, a citologia convencional tem limitações para reduzir ainda mais esses índices, como demonstraram os estudos epidemiológicos das últimas quatro décadas. Tais limitações se devem, principalmente, aos procedimentos de transferência e fixação do material coletado.
O esfregaço obtido pelo exame convencional, em muitas situações, apresenta-se espesso, com distribuição irregular e presença de sangue e/ou células inflamatórias, resultando em amostras insatisfatórias, limitadas ou com resultados falso-negativos ou falso-positivos.
Na tentativa de solucionar estes problemas surgiu a citologia de base líquida, um processo pelo qual o profissional coleta a amostra e imediatamente a transfere para um líquido fixador, com preservação da totalidade das células colhidas.
Método e cuidados na coleta
1. Obtenção do material:
2. Deposite a amostra coletada juntamente com o instrumento de coleta no frasco coletor. Feche o frasco e identifique a paciente na etiqueta;
3. Preencha a requisição e envie ao laboratório.
O que são Imunocitoquímica e Imuno-histoquímica?
Imuno-histoquímica e imunocitoquímica são técnicas que empregam anticorpos para detectar, localizar e quantificar proteínas específicas.
Essas técnicas são de extrema utilidade para o diagnóstico correto de tumores com morfologia similar e para determinar as propriedades biológicas de um tumor, que podem orientar seu melhor tratamento. Essas técnicas podem ser realizadas em tecido já emblocado em parafina (imuno-histoquímica) ou em líquidos corporais obtidos através de punção aspirativa(imunocitoquímica).
Método e cuidados no resgate da amostra
Hibridização in situ é uma técnica de Patologia Molecular que é capaz de identificar seqüências específicas de DNA e RNA (moléculas de material genético) em tecidos. FISH E CISH são modalidades dessa técnica em que o produto da hibridização é marcado, respectivamente, através de fluorescência ou de um corante.
O que é e para que serve o Exame Transoperatório (Biópsias de congelação)
O exame transoperatório ou biópsia de congelação é um exame solicitado pelo cirurgião e realizado pelo patologista durante o ato operatório, cuja resposta deverá orientar a conduta que o cirurgião tomará no decorrer do procedimento. Usualmente, esse exame é requisitado para saber se uma lesão é benigna ou maligna, o grau de invasão de um tumor e a possibilidade de comprometimento de margens ou linfonodos.
Esse exame é realizado mediante agendamento prévio, com no mínimo 24h de antecedência por telefone
Método e cuidados no resgate da amostra
Esta técnica é executada em material fixado em formalina e emblocado em parafina, isto é, tecidos submetidos à fixação e processsamento convencional.
Nossa equipe técnica está capacitada a auxiliar na coleta e processamento de material de teses e trabalhos científicos, confecção e interpretação de lâminas, incluindo histoquímica e imuno-histoquímica.
O que é Captura Híbrida (CH)?
A captura híbrida (CH) é um teste de Patologia Molecular que usa seqüências RNA (material genético) do vírus HPV. Essas seqüências são capazes de se parear (hibridizar) com o seu alvo, que é o genoma do vírus HPV que pode estar presente na amostra que se deseja testar.
Os pares de RNA-DNA viral são então capturados e incubados com um conjugado de fosfatase alcalina, que amplifica o sinal da reação e forma um substrato estável. A leitura do teste é totalmente automatizada e transmitida a um computador, que analisa os dados e emite sua interpretação.
Método e cuidados
Dispomos de equipe especializada em orientar a coleta.
O que é:
A imunofluorescência é uma técnica que utiliza anticorpos marcados com moléculas fluorescentes para detectar e visualizar proteínas específicas em amostras biológicas.
Quando a luz de uma determinada wavelength incide sobre a amostra, os anticorpos fluorescentes emitem luz de uma cor diferente, permitindo a visualização da proteína alvo.
Essa técnica é altamente sensível e específica, permitindo a identificação de proteínas em células, tecidos e fluidos.
Para que serve:
A imunofluorescência é utilizada em diversas áreas da pesquisa científica, como:
• Imunologia: para identificar células e moléculas do sistema imune.
• Biologia celular: para estudar a localização e função de proteínas dentro das células.
• Medicina: para diagnosticar doenças e monitorar tratamentos.
A técnica também é utilizada em pesquisas sobre doenças infecciosas, câncer e doenças neurodegenerativas.
Exames Genéticos:
• O que são: Análises que examinam o DNA para identificar mutações, variações ou alterações genéticas.
• Para que servem: Diagnosticar doenças genéticas, determinar predisposição a doenças, rastrear ancestralidade e auxiliar em aconselhamento genético.
• Exemplos: Teste de cariótipo, análise de genes específicos (ex: BRCA1/2 para câncer de mama), testes de ancestralidade.
Painel Somático:
• O que são: Avaliações que examinam a expressão de genes ou a presença de proteínas específicas em células do corpo.
• Para que servem: Diagnosticar doenças, monitorar tratamentos, identificar marcadores tumorais e auxiliar na personalização de tratamentos.
• Exemplos: Painel de oncogenes para câncer, painel de genes de imunidade para doenças autoimunes, testes de biomarcadores para doenças cardíacas.